De pai para filho: quando a paixão pelo campo ultrapassa gerações

Para a maior parte dos filhos, o pai é inspiração. É o primeiro herói. O primeiro exemplo a ser seguido. E para algumas famílias, esta inspiração também se estende para o trabalho. Filhos que aprenderam com os pais o amor pela natureza, a lida no campo e que acabaram levando esta influência para a escolha profissional. Em homenagem ao Dia dos Pais, a Revista Vida Rural conversou com duas famílias que vivem exatamente esta realidade: pais que passaram para os filhos o amor e a aptidão para o trabalho no campo.

A bióloga e acadêmica de agronomia Amanda Vinholi Barreto de Souza, hoje com 28 anos, trabalha com o pai desde os 13 anos. O engenheiro agrônomo e biólogo Valdemir Barreto, 51, possui uma empresa de consultoria técnica, gestão e treinamentos em Dourados (MS) e desde cedo passou para a filha todos os detalhes deste trabalho.

“Tudo o que sei hoje e exerço profissionalmente, foi através do meu pai. Ele foi minha grande inspiração para seguir no ramo do agro”, comenta a filha, hoje tão apaixonada pela atividade quanto o pai. Ela diz que o pai sempre ensinou tudo nos mínimos detalhes, e garante que hoje todas as decisões são tomadas de forma conjunta, o que acaba inclusive estreitando os laços entre pai e filha.

Amanda e o pai, Valdemir Barreto, trabalham juntos em consultoria técnica há 15 anos (Fotos: Acervo pessoal)

“O amor e a dedicação que ele tem pela profissão inspiram qualquer pessoa que esteja ao lado dele. E hoje, poder trabalhar ao lado do meu pai é primeiramente uma honra. Tenho muita gratidão por todos os dias aprender algo novo e poder compartilhar conhecimentos e decisões com ele”, acrescenta.

O pai também não economiza nos elogios à filha, que acabou também optando pelas mesmas áreas de formação do pai. “Sei que ela se espelha em tudo o que mais amo nesta profissão. Também me orgulha ver que ela segue os conselhos profissionais que passamos para ela, como humildade e honestidade, que são as maiores referências de um bom profissional. Sou fã dela como filha e também como profissional da área”, garante o paizão.

Amanda e o pai Valdemir não estão sozinhos. Dados mundiais indicam que 96% dos negócios rurais são familiares. Negócios que envolvem toda a família e acabam passando de pai para filho.

Amor pelo campo

A família Amaral também vive uma história de amor pelo campo, que neste caso passou do pai para o filho caçula. O engenheiro agrônomo Antônio Bitencourt do Amaral, 66 anos, sempre tirou do campo o sustento da família. Dono de uma propriedade rural no município de Itaporã há 33 anos, ele viu cada uma das quatro filhas optarem por áreas de formação bem diferentes e sem ligação com o trabalho no campo.

Engenheiro agrônomo Antônio Amaral trabalha com pecuária em propriedade rural em Itaporã

Mas a chegada do caçula Samuel, hoje com 19 anos, mudou esta história. Assim como o pai, Samuel é apaixonado pelo universo da agricultura, em especial pelos maquinários agrícolas. “O que ele mais gosta é de fazer serviços com o trator, como preparar a terra. O encantamento e conhecimento dele com o uso de máquinas agrícolas é realmente impressionante!”, orgulha-se. “Fico muito feliz por tê-lo ao meu lado no trabalho diário na fazenda, e também por saber que cultiva o mesmo amor pelo campo”, acrescenta.

Samuel e o pai juntos no trabalho na fazenda; caçula tem paixão especial pelos maquinários agrícolas

Assim como as famílias Barreto e Amaral, a Revista Vida Rural homenageia todos os pais do agro, que acordam cedo para garantir o sustento da família e que passam para os filhos o amor pelo universo agro. A todos os pais, no campo ou na cidade, o nosso Feliz Dia dos Pais!

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