Preço do suíno aumenta para o produtor

O preço do suíno vivo aumentou nas últimas três semanas, demonstrando que o setor está aquecido e remunerando melhor os produtores. Nos últimos dias, no Paraná, a cotação do suíno (quilo vivo) vem oscilando de R$ 5,70 a R$ 6,20. O presidente da Associação Paranaense de Suinocultores, Jacir Dariva, de Itapejara D’Oeste, enumera três questões para o aumento no valor do suíno.


Ele conta que muitos produtores venderam animais leves – abaixo do peso de 100 a 110 quilos –, as exportações de carne suína continuam em patamares elevados e o aumento no consumo de carne suína, nos meses de inverno, no Brasil, é normal. Por isso, o preço melhorou para os criadores. Mas o presidente da APS ressalta que os custos de produção também precisam ser observados. Houve aumento no preço do farelo de soja e a saca de milho (60 quilos) hoje está na faixa de R$ 53 a R$ 55, aumentou mais de 15 nos últimos meses. O milho e a soja são commodities e a variação nos preços leva em conta a cotação do dólar.

Novos investimentos
Jacir Dariva destaca outra preocupação que os criadores brasileiros devem ter a partir de agora. Os países importadores estão exigindo novos padrões para as criações de suínos. Até 2026 todos os produtores terão de estar dentro das novas normas de bem-estar animal.


Para os integrados da BRF, as adequações terão de ser feitas até 2022. A companhia tem uma grande participação no mercado externo com exportações de carne suína, frango e peru.


O presidente da APS estima que os empreendedores que estão montando novas granjas de suínos vão gastar de 20% a 30% a mais para deixá-las dentro das normas solicitadas. “Tudo isso tá pressionando nos custos de produção. Às vezes está sobrando pros mais eficientes, que continuam investindo para se adequar e viver amanhã [da atividade]”, observa Jacir.


As exigências de bem-estar animal partem principalmente das organizações não-governamentais de meio ambiente (ONGs) para os seus governos e dali para os países exportadores. “Tem bastante requisitos que as granjas antes não tinham e agora vão ter”, acrescenta Jacir. Estas adequações resultarão num custo maior para os produtores.

Algumas das mudanças previstas:
Matrizes suínas não poderão ficar mais que 28 dias em celas individuais para inseminação artificial e maternidade.
Os leitões não poderão ser retirados do convívio das matrizes com menos de 22 dias.
Após o período de 28 dias para cobertura, as matrizes devem ser direcionadas para áreas coletivas nas pocilgas.
As áreas de circulação das matrizes já cobertas terão de ser maiores.
As granjas terão de ser todas cercadas.
Os barracões terão de ser protegidos com telas.

Fonte: Jornal de Beltrão

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