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Força-tarefa controla queimadas no Pantanal, mas alta temperatura e baixa umidade do ar preocupam

Os focos de incêndios florestais na região do Pantanal sul-mato-grossense foram controlados pelos homens da força-tarefa Operação Pantanal II na última semana. A situação, no entanto, ainda preocupa o Governo do Estado e demais parceiros governamentais, produtores rurais e demais entidades da iniciativa privada envolvidos na operação, devido às altas temperaturas e baixa umidade relativa do ar previstas para as próximas duas semanas em todo o Mato Grosso do Sul.

O status dos trabalhos da Operação Pantanal II foi apresentado nesta sexta-feira (28) em live realizada pelo Governo do Estado, por meio da Semagro (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar), que coordena o comitê de ações no âmbito da administração estadual. A Operação é comandada pela Marinha em Corumbá, pelo contra-almirante Sérgio Gago Guida, em parceria com os governos estaduais de Mato Grosso do Sul e Mato Grosso, por meio do Corpo de Bombeiros dos dois Estados, com o apoio dos brigadistas do Ibama/Prevfogo, Defesa Civil, PMA, militares da Marinha e apoio logístico do Exército Brasileiro.

“O acumulado de chuva entre os dias 21 a 27 de agosto em Mato Grosso do Sul foi de 15 milímetros. Até o dia 13 de setembro não há expectativa de chuva devido à uma massa de ar seco. No Pantanal vamos ter temperaturas muito altas, de até 41ºC e a umidade relativa do ar deverá estar em situação crítica em praticamente todo o Estado. Em algumas áreas, como o Nordeste e Norte, a umidade pode ficar abaixo de 12%, representando riscos à saúde e de incêndios”, informou Franciane Rodrigues, coordenadora do Cemtec-Semagro (Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima).

Em live, órgãos de defesa ambiental repassaram informações sobre situação das queimadas no Pantanal (Fotos: Divulgação)

O secretário Jaime Verruck, da Semagro, informou que o Lasa (Laboratório de Aplicações de Satélites Ambientais), da UFRJ tem auxiliado o Governo do Estado a dimensionar a situação dos incêndios florestais em Mato Grosso do Sul. “O Ministério da Defesa e o Ibama continuam nos apoiando e agora estamos concentrando esforços para apoiar o Mato Grosso, onde a situação é crítica devido à falta de chuvas na região. No Pantanal, os produtores estão agindo para compensar a escassez de água, perfurando poços para manter a atividade pecuária. Nosso alerta continua para o fato de todo tipo de queimada é ilegal nesse momento, seja rural urbana”, afirmou.

De acordo com o tenente-coronel Moreira, do CBM-MS, as chuvas no início da semana impactaram na redução dos incêndios na região do Pantanal. “Durante a semana, os focos no Pantanal foram extintos. A chuva não foi suficiente, mas permitiu o rescaldo e a atuação em áreas nas quais havia risco de reignição. Hoje, os focos estão concentrados no Mato Grosso, na região de Poconé, a onde não choveu, mas os incêndios não conhecem fronteira, por isso é necessário o nosso apoio”, afirmou.

Com 4.363 focos de incêndios florestais em Mato Grosso do Sul somente no mês de agosto deste ano, as perspectivas não são animadoras, comenta o tenente-coronel Moreira. “De janeiro a agosto de 2020 já temos o maior de incêndios dos últimos 10 anos e o mês de setembro ainda pode ser igual a agosto. Conforme os dados do Lasa, o Pantanal é hoje o 4º bioma brasileiro em número de focos de incêndio no país, mas devido à sua extensão, é o que mais foi impactado em termos de área”, informou.

Hoje, os focos de incêndio em Mato Grosso do Sul ainda se concentram no Pantanal, sendo 80% deles nos municípios de Corumbá e Porto Murtinho. “Na região de Porto Murtinho temos a Terra Indígena Kadiwéu, que é a mais tem focos de calor no país. Segundo o Lasa, o fogo já atingiu 24% desse território Já Corumbá, é o município com o maior número de focos no país, devido à sua extensão”, finalizou o tenente-coronel Moreira.

Até o momento, os incêndios florestais no Pantanal já atingiram 1,778 milhão de hectares, sendo 798 mil hectares no Mato Grosso e 980 mil hectares em Mato Grosso do Sul, de janeiro a 23 de agosto de 2020. Veja aqui o balanço do Corpo de Bombeiros com os registros de incêndios neste ano.

Fonte: Semagro

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